quarta-feira, 25 de novembro de 2015

MÉTODOS CONTRACETIVOS NÃO NATURAIS

Os métodos contracetivos não naturais impedem a gravidez através de dispositivos locais, medicamentos com hormonas sexuais sintéticas ou através de intervenção cirúrgica. Podem classificar-se como sendo químicos, mecânicos, ou cirúrgicos.
Os métodos químicos são métodos que, para impedir a ovulação, utilizam substâncias químicas que podem ser utilizadas por via oral, por implantes, injeções, adesivos ou aneis vaginais e que atuam na mulher a nível da gametogénese.
Os métodos mecânicos são métodos que funcionam como barreira, impedindo o encontro dos gâmetas e, consequentemente, a fecundação.
Os métodos cirúrgicos são métodos que requerem a intervenção médica, resuslta num impedimento permanente da libertação de gâmetas e pode ser feita tanto no homem como na mulher.



Métodos mecânicos ou de barreira:
Preservativo masculino: invólucro de borracha muito fino, descartáel, que é desenrolado sobre o pénis ereto, antes do ato sexual. Não só previne a gradidez, como também reduz o risco de transmissão de DST (doenças sexualmente transmissíveis).




Preservativo feminino: invólucro de borracha que se coloca no interior da vagina. Não só previne a gradidez, como também reduz o risco de transmissão de DST. O preservativo feminino é mais resistente que o masculino.





Diafragma: Cúpula de borracha fina, com um arco de metal flexível. É introduzido na vagina, sobre o colo do útero, pela mulher, antes da relação sexual. Reduz o risco de infeções.




Espermicídas: Cremes, geleias ou espumas, que são utilizados antes do ato sexual e que inativam ou matam os espermatozóides. Oferecem alguma proteção contra DST.



 
 Dispositivo intra-uterino (Diu): dispositivo metálico ou plástico colocado no interior do útero por um médico especialista, de forma a impedir a implantação do embrião no endométrio.
      

      Métodos químicos ou hormonais:


 Pílula combinada: Comprimidos constituídos por diferentes combinações de hormonas sexuais sintéticas (estrogénios e progesterona), que alteram o ciclo sexual normal;



Minipílula: Comprimido constituído por progesterona sintética;




 Contraceptivos injectáveis: Injecções de elevada dosagem de hormonas sexuais sintéticas;
 


Adesivo: Aplicado sobre a pele (nádegas, contas, braços ou abdómen), liberta, lentamente, hormonas sexuais sintéticas;





Implante subcutâneo: Pequeno dispositivo introduzido na parte superior do braço, sob a pele, que liberta diariamente doses de hormonas sexuais sintéticas;




     
     Anel vaginal: Anel de borracha introduzido no colo do útero, com hormonas sexuais sintéticas.



Métodos Cirúrgicos:

     Vasectomia: Pequena cirurgia, feita no homem, na qual são cortados ou bloqueados os canais deferentes. Desta forma, os espermatozóides não são expelidos durante a ejaculação;



    Laqueação das trompas de Falópio: Pequena cirurgia, feita na mulher, na qual são cortadas ou bloqueadas as trompas de Falópio.



     
      Contracepção de emergência:

     Pílula do dia seguinte: Comprimidos com doses elevadas de estrogénio e progesterona sintéticas. A primeira dose deve ser administrada durante as 72 horas a seguir á relação sexual e a segunda 12 horas depois da primeira dose. 






          







segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MÉTODOS CONTRACETIVOS NATURAIS

Os métodos contracetivos naturais (ou de abstinências periódica),  são métodos que se baseiam no conhecimento do período fértil da mulher, havendo abstenção de relações sexuais durante este mesmo período, altura considerada propícia para uma fecundação e, consequentemente, para uma gravidez. 

É de salientar que estes métodos não são seguros e não protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Existem quatro formas de determinar o período de abstinência sexual:
  • Método do calendário;
  • Método das temperaturas basais;
  • Método do muco cervical;
  • Método sintotérmico.

Método do Calendário (Método de Ogino-Knaus)

Este método baseia-se num cálculo que é realizado a partir de um calendário, com o objetivo de saber o início e o fim do período fértil (período onde se dará a ovulação). Durante este período deve haver abstinência de relações sexuais e, caso as tenham, devem utilizar o preservativo.  

Para a determinação do período fértil, este método tem em conta o tempo de sobrevivência dos gâmetas.


UTILIZAÇÃO:
Considerando a duração dos ciclos menstruais anteriores (sendo o ideal 12 ciclos), pode calcular-se o período fértil, por subtração de 11 dias ao ciclo mais longo e de 18 dias ao ciclo mais curto.
Esse método contraceptivo tem maior possibilidade de funcionar com as mulheres que têm ciclos regulares, mas ainda assim é pouco eficaz para prevenir uma gravidez.





Método das temperaturas basais

O método das temperaturas basais consiste no registo diário da temperatura, utilizando sempre o mesmo local, podendo este ser a boca, a vagina ou o recto.
A temperatura do corpo da mulher sofre uma alteração significativa entre a primeira metade do ciclo menstrual e a segunda, já que o dia da ovulação proporciona um aumento de 0,2° a 0,5°C, persistindo até ao final do ciclo.

Estas medições de temperatura, deverão ser sempre efetuadas ao acordar, devendo estes dados serem registados num gráfico.


Em relação a um ciclo menstrual regular de 28 dias:
Este método tem em consideração que a temperatura corporal varia ao longo de todo o ciclo menstrual, sendo mais elevada após a ovulação. Essa subida da temperatura corporal, a meio do ciclo menstrual, é precedida de uma ligeira descida (a ovulação). Após 3 dias de constante temperatura elevada, é ultrapassado o período fértil.





Método do muco cervical ou método de Billings

O método do muco cervical consiste em, diariamente, observar as alterações sofridas pelo muco cervical, retirando-o da vagina, observando e registando a sua elasticidade.
Durante o período fértil da mulher, o muco aumenta a sua elasticidade. Quando distendido entre os dedos, chega a atingir 15 a 20 cm.






Método Sintotérmico

O método sintotérmico consiste numa combinação do método da temperatura basal com o método do muco cervical. São registadas as temperaturas basais ao longo do ciclo e observa-se, de igual modo, o muco que é produzido. Durante o período fértil, o cérvix apresenta-se alto, mole a aberto.